1 de nov. de 2008

Eu Quero uma Casa no Campus

Em BH quando chegamos as 17:50 ainda não tinhamos lugar para ficar, só tinhamos conseguido hospedagem para depois do dia 03/11 e ainda era dia 29/10. Nosso plano era ir para a UFMG e tentar achar alguém que quisesse nos hospedar, algum conhecido que achassemos por acaso, procurar algum alojamento, alguém que ocasionalmente falasse com a gente, sei lá, estavamos ao sabor do vento. Caso não conseguissemos achar nada iriamos armar acampamento no campus e procurar tomar um banho no departamento de educacao física. Assim ficamos nós: super cansados, com muito sono, suados e grudentos, sentindo calor demais e loucos para tomar um banho, peranbulando pela UFMG. Nem com força para falar com as pessoas nós estavamos. Todo mundo estava achando a gente tão normal, apesar da imensa bagagem, que nem chamávamos atenção. Ninguém olhava para a gente... Deitados em um banco perto da sala onde iriamos fazer nossa prova de mestrado, o Jorge arquitetou um plano, já que ninguém olhava para a gente, de entrar em alguma sala de aula da filosofia para nos apresentar e dizer que estávamos sem lugar para ficar naquela noite. Concordei com a idéia e nos preparamos para pô-la em prática, nisso o Jorge foi beber água e uma mocinha nos notou, falou com seu amigo alguma coisa sobre nós e sorriu (na verdade achei que ela estava debochando da gente) logo levantei e perguntei por algum alojamento, de repente ela poderia conhecer alguém lá que pudesse nos hospedar, ou soubesse uma forma de conseguirmos ficar lá, sei lá, pelo menos ela olhou para a gente. Infelizmente ela não conhecia ninguém no alojamento, nem uma forma de conseguirmos ficar lá, ou de repente acampar perto e tomar um banho em alguma apartamento, bom sei lá... mas a Samara (esse é o nome dela) resolveu nos levar para a sua casa naquela noite, felizmente a amiga dela que divide a casa estava viajando e só estavam ela e o Gustavo, e poderíamos ficar lá sem problemas. A Samara, estudante de Ciencias Sociais, e o Gustavo, arte-finalista, nos falaram de vários eventos bem legais para se ir, mas, além de estarmos com sérias reduções orçamentárias, ou seja, pagar entrada jamais, também temos que estudar, uma vez que alguns dos livros só encontramos na UFMG.
E foi isso, tomamos um bom banho e dormimos na casa deles. No dia seguinte um amigo nosso consequiu um lugar para ficarmos, mas essa historia contamos depois, e fomos embora da casa da Samara que além de nos hospedar, foi muito solícita em nos arrumar carteirinhas emprestadas para comer mais barato no restaurante universitário, e arranjar uma internet na UFMG.

Jane, Samara; Jorge, Gustavo


Um comentário:

Anônimo disse...

Fosse em outras épocas era só ir para o Campus da Saúde na Alfredo Balena e bater numa das portas do "Borges da Costa" que era então a moradia estudantil da UFMG. O Borges era uma invasão que a reitoria foi sendo forçada a assumir, mas quando a força do movimento estudantil diminuiu derão um jeito de desocupar o "antigo hospital do cancer". Saudades das tardes e das noites em reunião ou em prosa na ala dos arcos daquela construção zoomorfica. Em Curitiba tinha a CEU (Casa do Estudante Universitário) e a CELU (Casa do Estudante Luterano), sempre dava para descolar um pouso. Saudade dos tempos de mochila nas costas.....