31 de jan. de 2009

Alguma Coisa Acontece no meu Coração

Já deviam ser quase duas da tarde quando, graças ao Pelé, o frentista do Posto da Curva, em Betim, nos arrumou uma carona com o Edinho. Tudo aconteceu tão rápido e inesperadamente que nem deu tempo de tirar uma foto do Pelé. Rumávamos então em direção à Cubatão, que era o destino da carga do Edinho, que era chamado assim desde criança; foi crescendo, crescendo... mas continuou Edinho. Passamos mais de dez horas em sua companhia, conversando quase initerrruptamente, encurtando o tempo. 
A essa hora o trajeto que havíamos pré estabelecido já estava totalmente alterado. As longas viagens têm dessas coisas. Planejávamos ir de Betim para Divinópolis e daí para Passos, etc., evitando passar por São Paulo. "Afasto o que não conheço," como diria Caetano a respeito dessa cidade. Mas, com o destino traçado em Cubatão, iríamos atravessar a maior metrópole ao sul do Equador sem termos que por os pés nela. 
Passamos por São Paulo e já era noite cerrada, por volta das 23:00h, mas lá não era. Tanta luz, tanta gente, tanto movimento. Nessas minhas andanças sempre me encantou a chegada em Mariana, MG, na boquinha da noite. Olhar do alto da serra as luzes da velha cidade lá embaixo, o serpentear pontilhado do brilho dos postes tracejando o emaranhado de ruas... Deparar-me, pela primeira vez, com o fulgurar de São Paulo ao longe, à noite, me fez lembrar de Mariana. Embora muito distintas, essas duas cidades me causaram semelhante sensação. Gosto de ficar pensando que lá longe, onde cintilam tantos brilhos, há também tanta gente, muito mais que os tantos brilhos que se pode avistar. Pena que, às vezes, gente não brilha. 

30 de jan. de 2009

Ao Rei Pelé

Saímos da casa da Ana e de Belo Horizonte no dia 9 de novembro, um domingo. Tínhamos que sair da Pampulha e ir para Betim, de onde começaríamos a "caronar." Mas como o caroneiro costuma não se locomover muito bem fora de seu habitat, que é a estrada e não a cidade, chegar a Betim foi mais complicado do que imaginávamos. Além disso, percebi que o belo-horizontino costuma ficar meio perdido quando o assunto é dar informação. Cidade grande tem dessas coisas, uai! Quando finalmente chegamos a Betim já era mais de uma da tarde.
Chegamos a um posto que atendia pelo apelido de Posto da Curva e, dada às adiantadas hora e fome, tratamos de arranjar um lugar pra comer. Quando se viaja de carona, ou de carro mesmo, não é recomendado que se coma demais no almoço. Dá uma lombeira depois... e com o calorão que tava fazendo naquele dia... Encher a barriga mesmo é melhor deixar pra de noite; depois é só comer, dormir e levantar só no dia seguinte. O mais apropriado era dividir um marmitex.
Já estávamos prestes a pagar a quentinha quando entra um cara no restaurante e nos pergunta: "Pra onde é que vocês estão indo?" "Paraná," foi a resposta; e ele disse que tinha arranjado uma carona pra gente até São Paulo. Beleza!
Fiquei admirado com a solicitude do Pelé, era assim que chamavam esse frentista, que nos dispos uma carona sem nem mesmo termos conversado com ele no posto. Disse que a gente tinha cara de gente boa.  Fico pensado se seria dito o mesmo dele. 
Entramos na cabine do caminhão que o Edinho dirigia e seguimos viagem enquanto comíamos nossa quentinha e bebíamos nosso guaraná, também quentinho. 

Coisa pra se guardar

Esse aí logo abaixo é o Paulo, fazendo uma cara que ele mesmo definiu no seu Orkut como: "Sexy! iauhuaihuiahuiah." O que é que ele tá fazendo aqui? Bem, ele é nada mais nada menos  o filho da Dona Ana (na verdade mais, não que isso seja pouco), e foi através dele que ficamos na casa dela. Além disso, ele tembém possui a patente de amigo do Bruno, que ajeitou pra gente ficar na OCA. Ou vocês estão achando que ficamos na casa de gente que nunca nem vimos antes assim: batendo de casa em casa até achar alguém que se apiede da gente. Dessa vez isso não foi necessário.