6 de fev. de 2009

Caminhos e Descaminhos

Ficou decidido que não desceríamos a Serra de Santos naquela noite. O Edinho foi veemente ao dizer que não seria boa idéia descermos para Cubatão para dormir lá, de barraca. Disse que era perigoso. Não sei se há realmente razão de para creditar tanto perigo à cidade, mas, de fato, a visão de Cubatão não me causou boa impressão. Entendo perfeitamente quem, assim como eu, diante de uma primeira impressão, não goste de lá. 
Cubatão
Passamos a noite do dia 9/11/2008 em São Bernardo do Campo, em uma parada de caminhoneiros logo antes de descer a serra. Só não esperávamos que a infra-estrutura da parada não contava com nenhum estabelecimento onde pudéssemos comer. Havia apenas um imenso pátio cercado, um enorme banheiro imundo (acho que o pior da viagem), e o pessoal da vigilância. Pelo menos estaríamos seguros. 
Às cinco da manhã, tal como revoada, os caminhões saíram quase todos, de uma vez só. Enquanto ouvíamos os roncos dos motores íamos desfazendo o acampamento, quem sabe ainda dava tempo de pegar uma carona para descer a serra. Não deu. 
Fizemos um parco desjejum com o pouco de bananas que ainda nos restava."Puta que pariu! Que merda!" Quando me dei conta da situação foi a primeira senteça que me veio à mente. Desculpem o palavreado, mas foi assim. 
Desolação
Mesmo estado a pé, foi um caminhão guincho que nos socorreu, nos dando uma carona até uma balança que ficava para o lado oposto de onde tínhamos que ir. De lá seria mais fácil pra descer a serra. Viajar é assim: há momentos em que vemos passar a saída a ser tomada e nos afastamos cada vez mais dela, mas, quando se sabe onde se quer chegar, é só pra fazer o retorno. 

Um comentário:

Caetano disse...

que maneiro!
Cubatão boa, só "rosa púrpura de cubatão".

boa sorte!