30 de jan. de 2009

Ao Rei Pelé

Saímos da casa da Ana e de Belo Horizonte no dia 9 de novembro, um domingo. Tínhamos que sair da Pampulha e ir para Betim, de onde começaríamos a "caronar." Mas como o caroneiro costuma não se locomover muito bem fora de seu habitat, que é a estrada e não a cidade, chegar a Betim foi mais complicado do que imaginávamos. Além disso, percebi que o belo-horizontino costuma ficar meio perdido quando o assunto é dar informação. Cidade grande tem dessas coisas, uai! Quando finalmente chegamos a Betim já era mais de uma da tarde.
Chegamos a um posto que atendia pelo apelido de Posto da Curva e, dada às adiantadas hora e fome, tratamos de arranjar um lugar pra comer. Quando se viaja de carona, ou de carro mesmo, não é recomendado que se coma demais no almoço. Dá uma lombeira depois... e com o calorão que tava fazendo naquele dia... Encher a barriga mesmo é melhor deixar pra de noite; depois é só comer, dormir e levantar só no dia seguinte. O mais apropriado era dividir um marmitex.
Já estávamos prestes a pagar a quentinha quando entra um cara no restaurante e nos pergunta: "Pra onde é que vocês estão indo?" "Paraná," foi a resposta; e ele disse que tinha arranjado uma carona pra gente até São Paulo. Beleza!
Fiquei admirado com a solicitude do Pelé, era assim que chamavam esse frentista, que nos dispos uma carona sem nem mesmo termos conversado com ele no posto. Disse que a gente tinha cara de gente boa.  Fico pensado se seria dito o mesmo dele. 
Entramos na cabine do caminhão que o Edinho dirigia e seguimos viagem enquanto comíamos nossa quentinha e bebíamos nosso guaraná, também quentinho. 

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